Uma flâneuse,
antes de tudo, antes do meu próprio nome. Desde que me lembro, sempre estive no
ato de flânerie, mas só descobri sua
nomenclatura quando conheci Baudelaire, meu flâneur
favorito. Sempre gostei de andar pelas ruas afora, observando, perambulando,
atravessando a cidade, não somente física, mas aquela que habita dentro de nós.
Então comecei a escrever, fotografar e escrever, ouvir música e escrever,
viajar e escrever... Muitas vezes preciso levantar a noite para escrever, pois
as palavras ficam flutuando em minha mente em uma confusão de pensamentos,
então escrevo e adormeço. Enfim, amo livros, filmes, músicas, teatro, vinho e café... Me sinto sempre em reticências... Certa vez me perguntaram por
que eu escrevo, na hora não soube responder com a voz, então resolvi escrever:
Eu escrevo por necessidade, escrevo para mim mesma, escrevo porque não consigo
caber dentro de mim...
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