Pergunto-me para onde foram minhas palavras...
Aquelas que outrora te enchiam os ouvidos.
Hora palavras de amor,
Hora desamor,
Onde elas estão?
No sopro de vida que ainda me resta,
Será que voltarão?
Ou simplesmente elas bateram asas
e voaram através da imensidão?
E assim, repousam no lugar onde todas as palavras nascem...
Onde todas as palavras morrem.
Restando apenas o pó daquele amor,
de todo aquele amor que durante anos tentei te falar,
Num monologo sem fim...
Pergunto-me se um dia,
apenas uma única vez, você ouviu,
Ouviu?
Perguntou-me o que eu quero, respondi: Você
Perguntou-me o que eu espero de você, respondi: Tudo
Perguntou-me o que eu espero da vida, respondi: Nada
Não há mais nada para esperar...
As minhas palavras são as pétalas arrancadas das flores no jogo de
"bem me quer, mal me quer"...
E agora, o vento as levou para brincar...
para longe de mim...