quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

COLAPSO


Ele é iminente
Não consigo evitar
Um turbilhão de pensamentos
Sufocando-me a mente
Formando o frenesi que
tanto temo e que tanto procuro
Então, perco-me perante minha face
Os olhos queimando as persianas
forçando-as permanecerem abertas
Quanto tempo suportará?
Ponho-me a respirar toda essa eloquência
e logo desfaleço...
Sem forças...
O que resta?
Ou, o que restará?
Permitindo-me ainda ser um pouco mais ousada,
Pergunto:
- O que restou?
Uma mescla de cabelos, lágrimas e desespero
Uma respiração lenta
Um coração apertado
Um suspiro angustiado
Um choro proeminente que
foi impedido de se manifestar
Mais uma noite mal dormida
Uma vida sem sonhos
Uma alma sem esperança
Uma convulsão que eclodiu num corpo
Um simples corpo
Um reles corpo
Como todos os outros
Dos quais só restará
o pó.

MS

8 comentários:

  1. Escolhi uma leitura para começar o meu dia na lista de blogs que sigo. Lá os textos se apresentam em blocos e eu escolhi o que me pareceu mais poético. Ao abri-lo, ele se mostra em versos... que lindo!

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    1. Obrigada Reh :) fiquei imensamente feliz com seu comentário S2

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  2. perfeito
    lágrimas contidas numa alma explodindo... purgando.

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    Respostas
    1. Flávio e seus comentários avassaladores... Obrigada, como sempre...

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  3. Nossa, Maina. Você me surpreende a cada post!
    Lindo, lindo, lindo!

    <3

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